As Influências na Educação

Não há como não haver interferência de terceiros na educação dos filhos, pois isso pode acontecer em muitos casos, vindo não só de amiguinhos, mas também dos tios, avós e babás.  

A vovó que acaba deixando o netinho comer doce antes do almoço, o titio que adora ensinar a arrotar alto, e a babá que se deixa vencer pelo cansaço quando a criança faz birra querendo alguma coisa. Sem falar do amiguinho da escola, que sempre tem alguma traquinagem na manga e não hesita em usar pelo menos um palavrão em suas conversas. É claro que sair da rotina é sempre muito bom, mas deve-se ficar atento e tomar cuidado com o excesso.

Aprenda a responder e lidar com o momento em que os seus filhos questionam que só os seus pais “chatos” não os deixam fazer o que fazem com outras pessoas. Para isso, os pais devem sempre manter as regras que impõem, sendo sempre coerentes com o que dizem e fazem. Não podem alternar as decisões, pois se um dia a criança pode fazer determinada coisa e no outro não, ela vai ficar confusa. Por isso, os pais devem ser claros com as crianças e explicar que na casa dos avós, dos tios e dos amigos é diferente do que em casa.

Psicoterapeutas afirmam que as crianças conseguem diferenciar contextos e aprendem que podem se comportar de formas diferentes com avós, babá ou amigos desde cedo. O mundo não é igual, pois cada um pensa e age de um jeito. Os pais não podem querer que todas as pessoas façam com os seus filhos o que acham certo. Deve haver flexibilidade, ensinando aos filhos que na casa dos avós, tios ou colegas pode fazer e em casa não.

Contudo, vale lembrar que a responsabilidade da educação é sempre dos pais. É também de grande importância que a babá saiba impor respeito e que saiba lidar com as situações, então ela deve estar bem instruída para que possa conhecer os seus direitos e limites. A criança tem que entender que, quando os pais não estão em casa, a babá é a autoridade. Se mesmo assim a babá não consegue seguir suas orientações ou tem atitudes divergentes, é bom pensar em substituí-la.

É de extrema importância que os filhos ouçam um “não” quando for preciso, mesmo que chorem ou façam birra. Quando os pais mostram para os filhos que discordam de certas atitudes e insistem no que é certo, as crianças vão levar esses valores para todos os lugares, mesmo que de vez em quando quebrem algumas dessas regras.

É preciso tomar cuidado com o excesso de proteção. Se as crianças trazem argumentos fortes para quebrar as regras de casa, os pais devem refletir se essas regras ainda são válidas. Uma boa conversa com a criança poderá ajudar a mudar um pouco as regras que nem sempre são imutáveis.